Ilha do Cardoso - SP
Bem, chegamos em Cananéia (SP) um pouco depois da hora do almoço. Estacionamos o carro em um estacionamento de rua e que não era coberto. Estavam cobrando 15 reais pela diária. Por ser feriado, até que não ficou tão caro, apesar da segurança ser apenas um carinha que ficava lá perto dos carros. Mas fé em Deus. Pagamos e fomos atrás de como ir pra ilha. Logo achamos várias pessoas oferecendo o traslado até o Núcleo Marujá. O valor era meio que tabelado (R$ 70 por pessoa), mas talvez, em um grupo maior, esse preço podia baixar. Como éramos só em dois, feriado e com muito movimento, não houve negociação.
Pegamos a lancha e uns 50 min depois estávamos desembarcando bem no nosso camping. A lancha ia deixando as pessoas próximas a sua hospedagem. O barqueiro, além de deixar a gente no camping do Beto, ainda desceu da lancha e foi chamar o Beto pra recepcionar a gente. O camping, de sábado a quarta de carnaval, saiu por R$ 470,00 uma barraca pra duas pessoas com café de manhã incluído.
O Beto nos recebeu super bem e foi logo nos mostrar onde poderíamos armar a barraca. Nesse primeiro dia, montamos a barraca, organizamos as coisas, fomos até a praia, andamos um pouco pela ilha e jantamos no Recanto do Marujá, que também é do Beto do camping. Lá, o sistema da comida é self service, que custa R$ 23,00 se se servir uma vez e R$ 30 se quiser se servir várias vezes. A comida é sensacional, sempre tendo camarão, seja empanado, em forma de moqueca ou bobó. Muito muito boa! Recomendadíssimo!
Lá no Beto é onde fica também o forró da ilha. Tem uma bandinha que toca forró e outros ritmos animados e a festa era por lá mesmo. De noite sempre enchia de gente, até fantasiadas. Pra quem gosta, vale a pena se hospedar lá ou por ali perto.
No outro dia, fomos no Centro de Visitantes da ilha, conhecer os passeios disponíveis. Marcamos pra 15h um passeio pra Cachoeira Grande. Infelizmente não lembro o valor. Esse passeio sai a partir das 9h, com saída nos horários ímpares, e tem limite de pessoas por grupo, pra poder curtir a cachoeira de forma mais privada. Achei isso bem legal!! Antes do passeio, fomos pra praia, explorar a ilha mais um pouco. No horário marcado, foi só ir no local da onde as lanchas saem e pronto. A trilha é leve, com pouquíssimas subidas. Vale muito a pena. A cachoeira tem água gelada mas bem gostosa.
No dia seguinte, resolvemos conhecer Ariri, Ararapira e Pontal. Pra isso, falamos diretamente com os barqueiros. A maioria das pessoas só faz Ararapira e Pontal, mas por sorte achamos um grupo que também queria conhecer Ariri. O passeio foi de 14h às 18h. Não lembro o valor, mas acho que foi R$ 50 por pessoa. Em Ariri, fomos conhecer o artesanato local, com os mestres fandangos. Ararapira em teoria é uma cidade com apenas um morador, mas quando fomos ela estava cheia de visitantes, o que diminuiu seu charme. No Pontal é onde há o encontro do rio com o mar. Banho gostoso, aves guarás, praia quase deserta. Muito bonito por lá. Ficamos até perto do por do sol, mas voltamos antes dele se pôr, pra não pegarmos o rio de noite.
Na terça de carnaval, resolvemos fazer uma trilha de dia todo. Marcamos 8h no Centro de Visitante pra fazer a trilha da Piscina do Lage. Foi R$ 20 por pessoa. A trilha é de uns 24km, entre ida e volta. Grande parte do percurso é pela praia e em dias muito quentes isso pode ser cansativo, já que não tem um pé de árvore pra dar sombra. Mas vale muito a pena! Tem que levar água e comida! O banho na piscina é bem refrescante e o tempo que fica lá é suficiente pra relaxar e comer!
No quarta, fechamos a hospedagem e fomos pro Núcleo Perequê. Pra isso, fomos no local das lanchas e lá eles estavam bem organizados. Pra chegar no Perequê, o barqueiro tem que ser cadastrado. Falamos que queríamos ir pra lá e o cara se encarregou de achar um barqueiro credenciado pra gente. Como é perto de Cananéia já, pagamos os mesmos R$ 70 por pessoa pra ir até lá.
Chegando lá, um senhor nos recepcionou e nos levou até a casa de um morador, que aceita que se acampe no quintal dele. Ele cobrou R$ 30 pra duas pessoas por uma noite. No Perequê tem a trilha suspensa pelo mangue, que parece bem legal, mas não conseguimos fazer pois na quinta os guias estavam de folga. Mesmo assim, ao explorarmos a ilha, deu pra ver os caranguejos por lá. Além de caranguejos, há inúmeros siris, muitos pássaros e deu pra ver até boto, que chegava bem próximo da areia. Durante o dia, a praia fica cheia de turista que faz bate e volta a partir de Cananéia. De noite, os restaurantes fecham e o lugar fica quase deserto. Não tem nada aberto. Então leve lanche pra comer de noite, senão, só no outro dia! No dia seguinte, fomos explorar mais a ilha. Conseguimos um barqueiro pra 15h, que cobrou R$ 15 por pessoa até Cananéia. Pra achar esse barqueiro, tivemos que falar com vários, até achar esse que ainda tinha vaga.
Por fim, é isso. Na Ilha do Cardoso, apesar de funcionar com gerador quase tudo por lá, há uma certa estrutura turística e há carnaval, com direito a bailinho durante a tarde, banda de noite e gente fantasiada. Vale a pena!
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