5 dicas para conseguir as melhores fotos em trilhas
Após escolher a trilha dos sonhos e pesquisar sobre ela, você quer guardar as memórias incríveis que estão por vir. Mas lembra que não é um fotógrafo profissional, vide a foto da Lua cheia que sempre sai borrada. Fique calmo! Nós separamos 5 dicas para conseguir as melhores fotos em trilhas.
Entenda os princípios da fotografia
Obturador, diafragma e ISO. Se isso não faz qualquer sentido para você, o primeiro passo para conseguir as melhores fotos em trilhas é aprender esses conceitos.
O diafragma controla a quantidade de luz que entra na câmera. Quanto maior o número do diafragma (1/32, por exemplo), mais fechado ele está, menos luz entra. Quanto menor (1/1.2, por exemplo), mais aberto, mais luz. Em um ambiente escuro, por exemplo, a luz que entra já será baixa. Então, é recomendado utilizar o diafragma mais aberto (menor número).
O obturador controla o tempo de penetração da luz. Quanto menor o número (1/15), mais lenta é a velocidade do obturador. Nesse caso, se o motivo estiver em movimento, a foto sairá “borrada”. A velocidade alta do obturador (1/1000) congela qualquer movimento. Se você planeja utilizar uma velocidade baixa, recomenda-se utilizar um tripé.
O ISO mede a sensibilidade do sensor de imagem. Quanto menor (ISO 100), menos sensível e menor o ruído. À medida que o ISO aumenta, o ruído aumenta (granulação) também, o que degrada a qualidade da imagem (ISO 1600, por exemplo).
Considerando esses conceitos, tudo depende da avaliação do tanto de luz, ok? E cada um dos princípios interfere no outro. Na mata fechada, com iluminação fraca, um ISO mais alto e o diafragma mais aberto podem ajudar.
Escolha um bom equipamento
Para conseguir as melhores fotos em trilha, é fundamental ter um bom equipamento. Existem câmeras mais amadoras, as semiprofissionais, as profissionais, as câmeras de ação (GoPro e Action Cam) e os celulares. É possível fazer boas fotos com todas elas? Sim. Mas algumas câmeras possuem mais recursos e te permitem ousar mais.
Canon e Nikon são marcas tradicionais que possuem bons modelos de qualquer categoria. Você deve avaliar o custo-benefício e o tipo de trilha. Algumas são mais contemplativas e permitem que você leve câmeras mais robustas, como as semiprofissionais e as profissionais. Outras trilhas são mais complicadas, e as câmeras de ação são mais indicadas.
Além das câmeras, lembre-se do tripé, fundamental para fazer fotos de longa exposição e com iluminação mais fraca. Outros acessórios são importantes, como bateria extra, lentes para motivos próximos e distantes, filtro polarizador (diminui o reflexo) e cartão de memória com bastante espaço. Com tudo isso, é possível conseguir as melhores fotos em trilhas.
Configure sua câmera conforme o horário
Seguindo os princípios da fotografia, lembre-se do tanto de luz que você tem à disposição. Os melhores horários para fotografar são de manhã cedo e à tardinha, já que a exposição natural é ideal e deixa as imagens cinematográficas.
Algumas câmeras possuem ajuste automático conforme a luz. Há funções de pôr do sol, praia, fotos noturnas. Dê uma explorada no seu equipamento antes de fazer a trilha.
Configure sua câmera conforme o motivo
Você se deparou com uma cachoeira maravilhosa e quer fazer uma foto da água em movimento. A primeira coisa é escolher se quer a foto congelada ou “borrada”, que dá um efeito de fotografia profissional.
Em qualquer caso, aplique os princípios fotográficos. Como a água está em movimento, você pode optar pelo obturador rápido (congela a imagem) ou lento (borra a imagem). Lembre-se de considerar o ISO e o diafragma conforme o tanto de luz disponível.
O mesmo se aplica à fotografia de estrelas. Com a luz quase ausente, é preciso longa exposição (e paciência, portanto). Às vezes, 30 segundos não são suficientes. Por isso, tenha um disparador remoto. Sempre que houver longa exposição, o tripé é fundamental. Uma lente grande-angular também ajuda, porque ela capta a imensidão do céu e da paisagem.
“Ah, eu quero fazer uma foto aquática”. Maravilha. Utilize um dome, aparelho de superfície arredondada que dá aquele efeito de aquário. Ele funciona acoplado tanto à GoPro quanto outros modelos maiores.
De acordo com o motivo, você pode conseguir as melhores fotos em trilhas.
Entenda o que é time-lapse
No Instagram do seu amigo, você viu um vídeo de 10 segundos que retratava o pôr do sol, feito em uma trilha no Rio de Janeiro. Ficou curioso sobre como fazer um evento que dura quase uma hora caber em um vídeo de 10 segundos? É o time-lapse.
Você precisa de tempo de sobra, estabilidade (olha o tripé aqui de novo!) e, no mínimo, um celular com o aplicativo de time lapse. Se tiver uma câmera DSLR, conecte o disparador com timer e escolha quantos cliques ele deve fazer em determinado intervalo de tempo.
No pôr do Sol, por exemplo, a paisagem se movimenta lentamente. Pode ser que um disparo a cada 10 segundos seja suficiente.
Conseguir as melhores fotos em trilhas depende de conhecer um pouco dos princípios fotográficos e dos equipamentos necessários para cada motivo. Mas, muito além disso, é preciso olhar atentamente para a natureza, já que ela nos oferece o necessário para guardar boas memórias!
Gostou das dicas? Agora é só subir uma montanha e treinar. Se quiser compartilhar mais algumas dicas com a gente, fique à vontade para comentar abaixo.
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Marcelo Fernandes
Olá! Poderia por favor, citar os lugares das fotos mostradas no artigo?
Thiago HD
Marcelo, a primeiro é no Pico da Bandeira e a segunda é a Cachoeira das Andorinhas em MG. Se você clicar na foto poderá ver mais detalhes sobre cada lugar. Abraços!